“Dizer que regulação de plataformas significa limitação da liberdade de expressão é um equívoco absoluto”. A afirmação de Nina Santos, doutora em comunicação, diretora do Aláfia Lab, criadora e coordenadora geral do projeto Desinformante é um exemplo dos temas relacionados à comunicação tratados na 11ª edição da Revista Casa Comum.
Assim como Nina, vários entrevistados e entrevistadas contribuíram para a construção de um volume que pauta o fazer comunicativo, a importância da produção de informações comprometidas com a verdade, a necessidade de um setor de comunicação cada vez mais diverso e que represente a sociedade brasileira e sua pluralidade, as múltiplas e profundas dificuldades enfrentadas por comunicadores(as) Brasil afora, o caráter investigativo, pesquisador e de denúncia do jornalismo, entre muitos outros aspectos.
Um dos pilares de atuação da Revista Casa Comum é a defesa intransigente do Estado Democrático de Direito e como a democracia conversa com diferentes temáticas dentro do grande guarda-chuva representado pelos direitos humanos e ambientais. Nesse sentido, a reportagem Em Destaque da edição traça um panorama do direito à comunicação enquanto peça fundamental para o fortalecimento da democracia.
A edição também se dedica a abordar os desafios envolvidos na garantia do direito à comunicação para a comunidade LGBTQIAPN+; para pessoas negras; para comunicadores(as) que denunciam atividades e práticas ilegais em diferentes campos; para aqueles que, por falta de uma educação midiática, não sabem diferenciar informações verdadeiras de desinformação e notícias falsas; para aqueles que são excluídos(as) dos processos informativos e comunicativos atuais por não saberem navegar nas redes sociais e na internet, entre outros.
A própria chamada principal da edição traz a mensagem que a Revista Casa Comum deseja passar: do latim “communicatio”, comunicação significa, entre outras coisas, tornar comum. Ou seja, que possamos nos basear no diálogo, na troca e em conexões genuínas para que busquemos, juntos e a partir da comunicação, o bem comum para todos e todas.
Projeto Popular
A assessora da Comissão Episcopal para a Ação Sociotransformadora, Alessandra Miranda, integra o Conselho Editorial da Revista Casa Comum na perspectiva do Projeto Popular o Brasil que queremos: O bem viver dos povos, fruto da 6ª Semana Social Brasileira.
A Revista é um canal que fomenta valores fundamentais para garantir a construção do Brasil que queremos à medida que oferece conteúdos que enriquecem processos formativos nos grupos e comunidades, abre espaços de participação cidadã na luta pelo direito à terra, teto e trabalho. Assim como dialoga com a sociedade, a partir de princípios como o fortalecimento da democracia, a defesa dos direitos humanos, a garantia de direitos fundamentais e o compromisso com a questão socioambiental, na perspectiva da defesa dos direitos da natureza, dos povos tradicionais e originários.