A Comissão Especial para a Ecologia Integral e Mineração da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) reuniu-se na segunda-feira, 11 de setembro, para refletir sobre seu papel, identidade e missão e também para apontar os rumos de seu planejamento para os próximos anos.
Segundo o bispo de Livramento de Nossa Senhora (BA) e presidente da Comissão, dom Vicente Ferreira, como um dos primeiros pontos da pauta, à luz da Encíclica Laudato Si’, os membros da Comissão estudaram a conjuntura com foco nos impactos dos grandes empreendimentos de mineração, geração de energia eólica e do agronegócio no mundo e no Brasil buscando escutar os gritos da Terra e dos pobres.
“Estes projetos do desenvolvimento continuam com uma perspectiva extrativista causando graves feridas à Terra e, sobrecarregando, sobretudo os pobres”, apontou.
Dom Vicente chama a atenção para um conceito, expresso na Laudato Si’, de que tudo está interligado: ser humano e a natureza. “A gente não pode continuar destruindo a terra em nome de um aparente benefício que na verdade é para poucos e que vem causando tantas feridas”, disse.
Laudato Si’ e Sínodo para a Amazônia
Olhando para estes projetos globais e que atingem o Brasil, dom Vicente disse que os integrantes procuraram compreender qual o papel da Comissão Especial para a Ecologia Integral e Mineração da CNBB. “Esta comissão tem o papel de articular, conscientizar os bispos, criar grupos de trabalho e comissões nos regionais para acolher o que a Igreja pede, sobretudo a partir da Laudato Si’ e do Sínodo para a Amazônia”, afirmou.
