Missão solidária de Direitos Humanos que reúne representações indigenistas, autoridades e personalidades públicas em visita aos povos Guarani, alvo nos últimos dois meses de permanente violência
Por Assessoria de Comunicação do Cimi
A missão de direitos humanos organizada pelo Coletivo de Solidariedade e Compromisso com os Povos Guarani visitou,ontem (12), três retomadas no território Avá Guarani delimitado pela Terra Indígena (TI) Tekoha Guasu Guavirá: as tekoha Arakoe, Araguaju e Yhovy, nos municípios de Guaíra e Terra Roxa, oeste do Paraná.
Hoje (13), a delegação também está programada para visitar a Terra Indígena Panambi de Lagoa Rica, em Douradina (MS). Participam do coletivo a Comissão de Direitos Humanos D. Paulo Evaristo Arns – Comissão Arns, o Conselho Indigenista o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), o Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST), Aty Guasu (a Grande Assembleia Guarani e Kaiowá), Campanha Contra a Violência no Campo, Comissão Pastoral da Terra (CPT), Rede de Apoio e Incentivo Socioambiental (Rais), grupos locais de apoio aos povos Avá Guarani e Guarani e Kaiowá e pastorais sociais.
A delegação também está programada para visitar hoje (13) a Terra Indígena Panambi de Lagoa Rica, em Douradina (MS)
Autoridades públicas participam da missão, com representantes do Ministério dos Povos Indígenas (MPI), Ministério dos Direitos Humanos (MDH), entre outros organismos de governo, caso da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal e Defensoria Pública da União (DPU).
Na visita à Terra Indígena Guasu Guavirá, integrantes da missão escutaram as comunidades Avá Guarani e documentaram as demandas. No tekoha Yhovy, em Guaíra (PR), a cacica Paulina Avá Guarani relatou que a causa de seu povo é invalidada por autoridades locais, que os acusam de serem paraguaios se passando por indígenas para obter benefícios governamentais. “Enquanto isso, a verdade é que, em Guaíra e Terra Roxa, nenhum prefeito nunca nos considerou como parte da sociedade. Então, para conseguir acesso a qualquer direito, como atendimento à saúde e matrículas nas escolas, sempre precisamos recorrer ao Ministério Público Federal”, afirma.
“A verdade é que, em Guaíra e Terra Roxa, nenhum prefeito nunca nos considerou como parte da sociedade”
