Campanha que tem iniciativa popular, impulsiona para a criação de projeto de lei para o fim da pulverização aérea de agrotóxicos
Por Comunicação CNBB Regional Nordeste 5
Edição: Cláudia Pereira | Cepast-CNBB
A pulverização aérea de agrotóxicos no Maranhão representa uma grave ameaça à saúde dos povos e comunidade tradicionais e ao meio ambiente. Relatos de comunidades alerta para a produção de alimentos que já foram comprometidas em razão deste crime ambiental. Diante desta realidade entidades católicas e organizações da sociedade civil se uniram para exigir a criação de Projeto de Lei estadual que proíba essa prática.
A Articulação das Pastorais Sociais/Repam, em conjunto com a Cáritas Regional Maranhão e a Rede de Agroecologia do Maranhão (RAMA), lançou uma campanha para coletar assinaturas com objetivo de criar Projeto de Lei que proíba a pulverização aérea de agrotóxicos.
Para divulgar a campanha, foi realizada uma coletiva de imprensa na manhã de quinta-feira (28/11), na Faculdade Católica do Maranhão. Participaram do evento: Dom Gilberto Pastana de Oliveira, arcebispo de São Luís e presidente do Regional Nordeste 5 da CNBB; o advogado Dr. Guilherme Zagallo; e Marcone Martins Ramalho, líder da Comunidade Forquilha, representando os povos.
“Essa contaminação da água resulta na contaminação significativa de alimentos, levando agrotóxicos à mesa da nossa população”, afirmou, o advogado, dr. Guilherme Zagallo, durante a coletiva de imprensa.
Dom Gilberto Pastana, enfatiza que a campanha contra a pulverização aérea de agrotóxicos vai além da coleta de assinaturas. O arcebispo destaca a importância da conscientização sobre a preservação da vida e do planeta como um dos pilares da iniciativa. Segundo Dom Gilberto, a Igreja tem um papel fundamental nesse processo, atuando junto a sociedade civil.

Lançamento da Campanha
O objetivo da campanha após o lançamento é coletar o maior número de assinaturas. O processo de coleta de assinaturas acontece em 12 dioceses do Regional Nordeste 5. A Igreja Católica no Maranhão, pretende alcançar uma porcentagem mínima de 5% por município. Contextualizando essa realidade dos 217 municípios do estado, o município de São Luís tem o maior percentual de eleitores, sendo necessária 37.497 assinaturas, ou seja, 5% do eleitorado total da capital. Com o total de assinaturas validados, todas serão encaminhadas para a Assembleia Legislativa do Maranhão.
A coleta de assinaturas está em processo e a equipe de coordenação fará intervenções ampliar a adesão e conscientizar a população. Com frases de efeito sobre os riscos da pulverização aérea dos agrotóxicos, as organizações fizeram parceria com artista visual Gil Leros.
Gil Leros soma à campanha com diversas intervenções artísticas pelos muros de São Luís. Serão frases como “O agro veneno desmata e mata” que intensificarão a mobilização de forma visual e urbana a favor da campanha contra a pulverização aérea dos agrotóxicos e seu uso indiscriminado.