ABRASCO e Fiocruz se posicionam contra a liberação de agrotóxicos por drones no Ceará. As entidades lançam nota técnica em apoio à Lei Zé Maria do Tomé e alertam para os riscos da pulverização aérea de agrotóxicos.
por Osnilda Lima | Cepast-CNBB
A Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgaram uma nota técnica conjunta em apoio à Lei Zé Maria do Tomé, que proíbe a pulverização aérea de agrotóxicos no Ceará. A nota, publicada em 11 de dezembro de 2024, alerta para os riscos da liberação do uso de drones para a aplicação de agrotóxicos, prática que vem sendo defendida por alguns setores do agronegócio.
As entidades argumentam que a pulverização aérea de agrotóxicos representa uma grave ameaça à saúde pública e ao meio ambiente, e que o uso de drones pode agravar ainda mais a situação. “Os drones permitem a aplicação de agrotóxicos em áreas de difícil acesso, o que aumenta o risco de contaminação de pessoas e animais”, afirmam as entidades na nota.
A nota técnica destaca ainda que o Ceará foi o primeiro estado do Brasil a proibir a pulverização aérea de agrotóxicos, em 2019. “A Lei Zé Maria do Tomé é um marco na proteção da saúde pública e do meio ambiente no Brasil”, afirmam as entidades.
ABRASCO e Fiocruz pedem que a Assembleia Legislativa do Ceará não aprove projetos de lei que liberem o uso de drones para a aplicação de agrotóxicos. As entidades defendem a aprovação de políticas públicas que incentivem a agricultura sustentável e a redução do uso de agrotóxicos.
Riscos à saúde e ao meio ambiente – A pulverização aérea de agrotóxicos pode causar diversos problemas de saúde, como intoxicações, doenças respiratórias, câncer e malformações congênitas. Além disso, o uso de agrotóxicos contamina o solo, a água e os alimentos, o que coloca em risco a saúde da população em geral.
O uso de drones para a aplicação de agrotóxicos pode agravar ainda mais esses problemas, pois os drones permitem a aplicação de agrotóxicos em áreas de difícil acesso, o que aumenta o risco de contaminação de pessoas e animais.
Agricultura sustentável – ABRASCO e Fiocruz defendem a aprovação de políticas públicas que incentivem a agricultura sustentável e a redução do uso de agrotóxicos. As entidades argumentam que a agricultura sustentável é capaz de produzir alimentos saudáveis e de qualidade, sem comprometer a saúde pública e o meio ambiente.
A nota técnica da ABRASCO e da Fiocruz é um importante alerta para os riscos da pulverização aérea de agrotóxicos. As entidades pedem que a Assembleia Legislativa do Ceará não aprove projetos de lei que liberem o uso de drones para a aplicação de agrotóxicos. ABRASCO e Fiocruz defendem a aprovação de políticas públicas que incentivem a agricultura sustentável e a redução do uso de agrotóxicos.