O congresso reuniu mais de mil pessoas de diversas comunidades. - Foto: Cláudia Pereira

Inspirados nas palavras de dom Pedro Casaldáliga, os participantes declararam: “Malditas sejam todas as cercas que nos privam de viver e amar!”

 

 

da Equipe de Comunicação Antônio Canuto para o V Congresso Nacional da CPT

 

Ao final de seu V Congresso Nacional, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) divulgou, nesta sexta-feira (25), uma carta que denuncia a violência no campo e a exploração capitalista, reafirmando seu compromisso com a reforma agrária e a defesa dos territórios tradicionais em defesa da natureza e da via. O encontro, que celebrou os 50 anos de atuação da entidade, reuniu mais de mil pessoas em São Luís (MA), entre os dias 21 e 25 de julho.

 

Com tema e lema “Presença, Resistência e Profecia – Romper Cercas e Tecer Teias: A terra a Deus pertence!”, o congresso reuniu mais de mil pessoas de diversas comunidades vindas de assentamentos, acampamentos de reforma agrária, comunidades de fundo e fecho de pasto, de pé de serra, ribeirinhas, geraizeiras, indígenas, quilombolas, taboqueanas, pantaneiras, seringueiras, raizeiras e outras comunidades. Também estiveram presentes agentes de pastoral, lideranças religiosas de diferentes matrizes e bispos e padres da igreja católica.

 

A carta apresentada ao final do encontro critica duramente o modelo do agronegócio, o uso de agrotóxicos e a implementação de grandes empreendimentos, que geram esgotamento dos recursos naturais e afetam diretamente os povos que mantêm uma relação de preservação com o meio ambiente. A carta também se posiciona contra as falsas soluções baseadas na natureza em um contexto de crise climática.

 

Inspirados nas palavras de dom Pedro Casaldáliga, os participantes declararam: “Malditas sejam todas as cercas que nos privam de viver e amar!”.

 

Ao encerrar o evento, a CPT e os movimentos sociais presentes reafirmaram a continuidade da luta pela reforma agrária popular e pela retomada de territórios, em memória dos mártires que perderam a vida em conflitos agrários e em celebração ao jubileu da terra.

 

Para ler a carta  na íntegra, clique AQUI

 

Foto: Cláudia Pereira

 

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