Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, Janúaria (MG) Foto| Cláudia Pereira
Análise de Eduardo Brasileiro, a partir das reflexões compartilhadas no Ciclo de Reflexões: Jubileu e Ecologia Integral, implicações socioambientais e pastorais, destaca perspectivas para transformação social, ecológica e de reforma eclesial inspirada pelo Papa Francisco.

 

Por Cláudia Pereira| Cepast-CNBB

 

Em um momento em que a conscientização ambiental ganha destaque com as iniciativas do “Junho Verde”, o artigo de Eduardo Brasileiro convida para a reflexão sobre as conexões entre as implicações socioambientais contemporâneas e a mensagem de esperança do Jubileu da Igreja Católica 2025. Eduardo Brasileiro é educador popular e integra a Articulação Brasileira pela Economia de Francisco e Clara.
Em seu artigo, Brasileiro faz uma análise no contexto de um ciclo de debates promovido por Comissões Episcopais, que pretende harmonizar a vivência do Jubileu “Peregrinos da Esperança” com a Campanha da Fraternidade 2025 e as propostas de reformas eclesiais colocada pelo Papa Francisco.
Situando o Jubileu na proposta do Papa Francisco de uma Igreja em “estado permanente de reforma”, Brasileiro faz um paralelo com o Jubileu do ano 2000, que impulsionou um forte apelo pelo cancelamento da dívida externa dos países do sul, realidade que ainda vivenciamos nestes tempos. A dívida persiste, agravada pelo neoliberalismo e pela financeirização que resulta em processos prejudiciais à vida no planeta.
O artigo sublinha que o modelo econômico atual drena riquezas dos territórios para “impérios econômicos”, fragilizando legislações trabalhistas, ambientais e sociais. Neste cenário a temática da ecologia Integral é fortalecida e tendo como fonte a encíclica Laudato Si’. O autor enfatiza que o Jubileu da Esperança é um momento oportuno e histórico, apesar do contramovimento de grupos econômicos que promovem falsos progressos sustentáveis como a “economia verde”. Brasileiro reforça o conceito de “dívida ecológica”, atribuída a esses grupos predominantemente no mundo do capital.

 

“O jubileu é um tempo de responsabilidade e fidelidade à justiça e de reconhecimento do compromisso socioambiental como ato de fé”. Cita um trecho do artigo.

 

O artigo propõe que o Jubileu exige um compromisso socioambiental e político-econômico da Igreja nos territórios onde atua, um chamado para a uma conversão pessoal, coletiva e estrutural. Para as pastorais e comunidades, o autor levanta questionamentos pedagógicos como por exemplo: a reparação de dívidas históricas como o racismo e o machismo; a identificação dos/as acolhidos/as pelas pastorais; o lugar dos jovens; e se o encantamento nas comunidades tem gerado autonomia ou dependência.
E para fechar, Eduardo Brasileiro coloca o Jubileu da Esperança de 2025 como o momento para mobilização e esperança tanto na perspectiva da Vida Eterna quanto na realização de esperanças históricas concretas. Ele conclui que devemos fomentar a compreensão coletiva dos desafios globais e ser uma experiência da Igreja sinodal para fazer a “aliança social” em prol da esperança, que transcende as fronteiras eclesiais para reconstruir pactos civilizatórios.

 

ACESSE AQUI O ARTIGO NA ÍNTEGRA