Publicação da Rede Um Grito Pela Vida propõe reflexão sobre vocação e ações concretas para proteger os mais vulneráveis e o planeta
Por Cláudia Pereira| Cepast-CNBB
Comunidades são convidadas a unir oração e ação em defesa da vida e da Casa Comum com Roteiro Orante de agosto, produzido pela Rede Um Grito Pela Vida. Com o título “Peregrinos porque chamados”, o roteiro é um convite para aliar conhecimento, reflexão e espiritualidade para este mês vocacional que também provoca à mobilização para a COP 30, que ocorrerá em Belém (PA).
Desenvolvido pelo Núcleo de Belo Horizonte, o material utiliza a mística do mês vocacional para promover uma reflexão sobre o cuidado com a criação e o compromisso coletivo com os mais vulneráveis. A iniciativa estabelece uma conexão direta com os debates e a mobilização profética em torno da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30).
Com linguagem acessível e simbologia voltada à realidade socioambiental, o roteiro está estruturado em cinco momentos: acolhida, escuta do chamado, discernimento, resposta vocacional e compromisso coletivo. Ao longo de suas páginas, a espiritualidade cristã é entrelaçada com a denúncia e o chamado à ação, reafirmando a missão da Rede de integrar fé e prática. “A vocação que Deus nos confia não se realiza no isolamento, mas na partilha, na escuta e na ação concreta que transforma o mundo à nossa volta”, destaca um trecho da publicação.
A proposta é que o material sirva como subsídio para encontros, rodas de conversa, celebrações e momentos de discernimento vocacional, tanto para os grupos da Rede quanto para outras comunidades engajadas na defesa da vida.
O roteiro sugere ações práticas, como:
Criação de espaços de discernimento vocacional focados no cuidado com a criação.
Promoção de ações coletivas de sustentabilidade e justiça socioambiental.
Utilização da oração, do canto e da celebração como fontes de esperança e transformação.
Cobrança por políticas públicas que defendam a vida em todas as suas formas, especialmente no contexto da COP 30.
Formação de redes de solidariedade que alcancem as periferias materiais e existenciais.
