Mães que Oram pelos Filhos Levam Apoio e Esperança que ultrapassa muros
 

 Por Maria Eduarda Alves – Estagiária da PCr Nacional

Edição: Cláudia Pereira|Cepast-CNBB

 

 

O movimento “Mães que Oram pelos Filhos – Filhos Encarcerados” tem realizado um importante trabalho de apoio espiritual a mães e familiares de pessoas privadas de liberdade. Com o lançamento de seu primeiro boletim, o movimento intensificou suas ações, levando palavras de esperança e consolo a mulheres que enfrentam a difícil realidade do encarceramento de seus filhos e filhas queridos que se encontram nestas condições, de encarceramento.
Ao longo de 2024, as visitas ocorreram em seis estados brasileiros. Cláudia Bitarello, membro do grupo, Mães que Oram pelos Filhos em Minas Gerais e atual coordenadora do Serviço Nacional Filhos Encarcerados, compartilha a experiência transformadora desse trabalho: “Saímos de casa com a intenção de ajudar, mas a experiência é tão maravilhosa que voltamos ainda mais fortalecidas. No final deste ano, nossas equipes realizaram diversas ações nas portas dos presídios. Na Bahia, por exemplo, foi distribuído um kit de beleza para as mães.”
As ações, realizadas há três anos, sempre surpreendem as mães, que se sentem lembradas e acolhidas. “Elas ficam surpresas por alguém ter se lembrado delas. É como se se sentissem esquecidas, excluídas. A todo momento, elas até questionam ‘é para nós mesmas?’ E quando confirmamos, a alegria contagia o rosto de cada uma delas”, relata Cláudia.
Um dos  objetivos do trabalho é integrar essas mulheres ao grupo de WhatsApp de mães de filhos encarcerados, um espaço de apoio espiritual com orações, terços e adorações, onde podem compartilhar dificuldades, angústias e abrir seus corações.

 

“Eu sei que é um trabalho de formiguinha, somos poucos, mas o nosso pouco Deus transforma em muito”
O movimento Mães que Oram pelos Filhos surgiu em 2011, como um grupo de oração de mães em Vitória (ES) que buscavam apoio, aprendizado sobre oração e intercessão por seus filhos. Em dezembro de 2014, foi reconhecido como movimento pela Arquidiocese de Vitória, expandindo-se para diversos estados e até outros países, com 578 grupos cadastrados no Brasil e 11 no exterior. O propósito central é levar fé e mostrar o poder da oração, por meio de encontros estaduais e nacionais.
Cláudia Bitarello deixa uma mensagem aos agentes da Pastoral Carcerária: “Para cada um da Pastoral Carcerária, não desistam. Eu sei que é um trabalho de formiguinha, somos poucos, mas o nosso pouco Deus transforma em muito, e Ele conta com cada um de nós que somos chamados para esse trabalho, para que possamos ser esse sinal d’Ele.”
Essa iniciativa se alinha à missão da Pastoral Carcerária de ser luz na vida das pessoas privadas de liberdade e seus familiares, contribuindo para a construção de um ambiente mais humanizado. A PCr, no entanto, reafirma sua posição contrária a qualquer forma de prisão, buscando um mundo sem cárceres, com mais dignidade humana, principalmente para os excluídos/as  pela sociedade.
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