A queda nas emissões de gases de efeito estufa em 2023 é um passo importante, mas a corrida para um futuro e cuidados de nossa Casa Comum continua | Imagem: Pixabay
A queda nas emissões de gases de efeito estufa em 2023 é um passo importante, mas a corrida para um futuro e cuidados de nossa Casa Comum continua | Imagem: Pixabay

A recente notícia da queda de 12% nas emissões de gases de efeito estufa no Brasil em 2023, a maior em 15 anos, nos enche de esperança, mas exige cautela. É um alívio nesse cenário de crise climática global, um sinal de que ações concretas, como o combate ao desmatamento, trazem resultados. Mas será suficiente para enfrentarmos a emergência que vivemos?

A redução, impulsionada pela queda no desmatamento da Amazônia, coloca o país no caminho para cumprir o Acordo de Paris. Para lembrar, o Brasil ratificou o acordo em 2016 e se comprometeu a reduzir as emissões de gases do efeito estufa em 37% até 2025 e em 43% até 2030. A redução é uma demonstração do impacto positivo de políticas públicas eficazes e da união de esforços entre governo e sociedade.

No entanto, a comemoração não pode nos cegar para a realidade. O Brasil ainda figura entre os maiores emissores de gases de efeito estufa do mundo. A dependência de setores como a agropecuária e a falta de políticas abrangentes para energia e transportes exigem atenção e ação imediata.

A emergência climática é um desafio complexo que demanda compromisso em todas as esferas: pessoal, coletiva, governamental e global. É hora de cada um fazer a sua parte:

 

Individualmente – Repensar hábitos de consumo, reduzir o desperdício, priorizar o transporte público ou bicicleta, e fazer escolhas mais sustentáveis no dia a dia. Cada pequena ação individual, multiplicada por milhões, gera um impacto significativo.

Coletivamente – Fortalecer organizações e movimentos sociais que lutam pela preservação ambiental, pressionar por políticas públicas eficazes e conscientizar nossas comunidades sobre a importância da sustentabilidade. A união faz a força, e a pressão popular é crucial para mudanças efetivas.

Governamentalmente – Implementar políticas públicas ambiciosas e eficazes em todos os setores, incentivando a inovação tecnológica, investindo em energias renováveis, e promovendo modelos de produção e consumo mais sustentáveis. O governo tem o papel fundamental de liderar e direcionar as ações para um futuro mais verde.

Globalmente – Fortalecer a cooperação internacional para o cumprimento do Acordo de Paris, compartilhando tecnologias e recursos, e buscando soluções conjuntas para os desafios climáticos. A crise climática é um problema global que exige soluções globais e colaboração entre países.

 

A queda nas emissões de gases de efeito estufa em 2023 é um passo importante, mas a corrida para um futuro, cuidados de nossa Casa Comum continua. É preciso manter o ritmo, ampliar as ações e fortalecer o compromisso com um planeta saudável. Afinal, creia, o futuro da humanidade depende disso.

 

Obs.: Texto veiculado na Rede Aparecida de Rádio e Signis Brasil no dia 08 de novembro de 2024.

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