Essa novela parece não ter fim! Elon Musk, o bilionário que manipula a liberdade de expressão no palco global, continua nos dando o que falar.
O recente confronto entre Elon Musk e o ministro Alexandre de Moraes reforça a imagem do dono do X como um personagem controverso e desafiador. Sua atuação errática e seus constantes embates com autoridades ao redor do mundo o transformaram em um “ator caótico no palco da política global”, como bem definiu o New York Times.
Seja pela relutância em remover conteúdo violento na Austrália, pelas investigações da União Europeia sobre violações na plataforma X ou pela suspensão arbitrária de contas de jornalistas no X, Musk coleciona polêmicas. Suas ações demonstram um claro desprezo pelas normas, leis e soberania dos países, além de um descaso com as consequências de suas decisões, como evidenciado por sua intervenção na guerra entre Rússia e Ucrânia.
Apesar de ter revolucionado setores como transporte e tecnologia, Musk se mostra cada vez mais como um manipulador da liberdade de expressão, utilizando-a para promover seus próprios interesses em detrimento do bem comum. Sua suposta defesa da liberdade de expressão se revela uma farsa, uma vez que ele não hesita em censurar vozes discordantes e moldar narrativas de acordo com sua conveniência.
É urgente a necessidade de um debate aprofundado sobre a regulação das plataformas digitais e a responsabilidade de seus proprietários. A liberdade de expressão é um pilar da democracia, mas não pode ser distorcida e instrumentalizada por bilionários em busca de poder e influência. O palco da política global não pode ser palco para atores que agem exclusivamente em benefício próprio, ignorando as consequências de suas ações para a sociedade. É hora de colocar limites e exigir responsabilidade daqueles que detêm o controle das plataformas que moldam o debate público.
Editorial veiculado na Rede Aparecida de Rádio e Signis Brasil, dia 30 de agosto de 2024.