Iniciativa, que marca o mês de enfrentamento ao tráfico de pessoas, oferece ferramenta para ampliar a informação e mobilizar a sociedade na defesa dos direitos humanos
Por Cláudia Pereira| Cepast-CNBB
Em uma ação para fortalecer o combate ao tráfico de pessoas, a Rede Clamor, organismo da Igreja Católica que atua na América Latina e no Caribe, lançou a Cartilha Jubilar N°. 3. A publicação “Reconhecendo o tráfico de pessoas fora das sombras: Esperança de um mundo sem tráfico de pessoas” foi divulgada neste mês de julho, período dedicado ao enfrentamento desta grave violação de direitos humanos.
O material tem como objetivo principal ampliar o conhecimento sobre o tema e multiplicar o número de agentes engajados na causa. A cartilha surge como um subsídio para reflexão e ação contra um crime que, segundo que gera lucros anuais superiores a 245 bilhões de dólares em todo o mundo. A iniciativa conta com o apoio do Conselho Episcopal Latino-Americano e Caribenho (CELAM).
Organizado em cinco blocos, o documento se aprofunda nas diretrizes pastorais sobre o Tráfico de Pessoas (OPTP) e nas reflexões do Papa Francisco, que apontam para a urgência de superar a ignorância e a indiferença sobre o tema. A publicação também utiliza reflexões bíblica para questionar fatores que contribuem para a exploração humana, como o consumismo desenfreado, reforçando a responsabilidade dos consumidores e o alinhamento dos valores cristãos aos direitos humanos.
Chamado à Ação
Sob o lema “Peregrinos da Esperança”, a cartilha faz um apelo à ação concreta, tanto em nível pessoal quanto comunitário. O texto propõe questionamentos para despertar a vigilância e a solidariedade, como: “No meu ambiente, estou alerta se há alguém que se percebe escravizado por outra pessoa?” e “Se alguém na minha paróquia, bairro ou local de trabalho me pedir ajuda (…) para onde posso me dirigir e ajudá-lo?”.
Disponível em formato digital, nas versões em português e espanhol, a cartilha oferece links para as Diretrizes Pastorais e para uma “Caixa de ferramentas para a prevenção do tráfico de pessoas”, desenvolvida pela própria Rede Clamor.