Sim, política é coisa de mulher! E sem discursos odiosos, sem violência de gênero, sem misoginia (aversão ou incitação ao ódio às mulheres). Nós mulheres devemos ocupar os espaços na política.
Isso porque, conforme a plataforma TSE Mulheres, que tem uma base de dados sobre a atuação de mulheres na política e das eleições ao longo da história da democracia brasileira, as mulheres compõem mais da metade (52%) do eleitorado no Brasil, mas houve apenas 33% de candidaturas femininas, sendo 15% delas eleitas, entre 2016 e 2022.
Para se ter uma ideia, no pleito de 2020, só 663 dos mais de 5.500 municípios (11,9% do total) elegeram prefeitas. No mesmo ano, na escolha para os cargos de vereadores, nenhuma mulher foi eleita em 935 cidades (17% do total).
A presença feminina nas eleições da câmara municipal é garantida pela Lei nº 9.504/1997. O documento determina que cada partido ou coligação tenha o número mínimo de 30% e máximo de 70% de candidaturas de cada sexo. Mas essa lei, não é o suficiente para essa garantia.
Os partidos políticos possuem um papel fundamental na seleção e promoção referente a participação feminina no pleito eleitoral, se esses não priorizarem a inclusão de mulheres nas candidaturas ou não oferecerem apoio significativo, a representação feminina na política continuará baixa.
A sub-representação das mulheres tem um impacto negativo no desenvolvimento e progresso da sociedade, que deixa de se beneficiar de uma importante e significativa fonte de contribuições.
Por mais mulheres na política!
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Texto veiculado na Rede Aparecida de Rádio e Signis Brasil, no dia 24 de maio de 2024.