Com este lema, a 30ª edição do Grito dos Excluídos-as levou às ruas religiosas e religiosos, diversas expressões de fé, movimentos populares, organizações sindicais, juventudes, mulheres, grupos LGBTQIAPN+, grupos de catadores de materiais recicláveis, pessoas em situação de rua, etc.
“Quem se importa?”. É uma pergunta que importuna. Porque fica mais fácil adequar-se ao fato que pessoas excluídas sempre existiram e existirão.
O Grito acontece no Dia da Pátria exatamente porque não é esta a Pátria que queremos; porque o estado que reivindicamos é pelo bem-estar social, a inclusão e a proteção dos mais pobres e de quem tem seus direitos violados.
É uma opção de cidadania consciente, é uma opção evangélica. Por isso a forte presença da Vida Religiosa Consagrada, em diálogo com os movimentos populares que o Papa Francisco definiu “poetas sociais”, tecedores de beleza mesmo nas tramas mais sofridas da vida.
O Grito acontece em paralelo às celebrações públicas do poder do estado, simbolizado por paradas militares, desfile de armas e voos acrobáticos de aviões de combate. Sem alcançar o ruído imponente destas expressões de força, o Grito não deixa de insistir: são outras as vozes que é preciso escutar, porque acreditamos no poder do serviço e do protagonismo dos pequenos.
Quando caminhamos com os excluídos-as, estamos do lado divino da história, o lado escondido e encarnado que Deus preferiu e para onde Ele constantemente nos envia, em missão.