Das cinco atividades que estão no topo, a produção de carvão vegetal é que mais incluiu empregadores na lista suja
Por Cláudia Pereira | Comunicação CEETH
Dados atualizados da base dados da Lista Suja Trabalho e Emprego (MTE) 2023, apontam para o aumento do crime e violações de direitos. O Cadastro de empregadores na “lista suja” é um dos instrumentos de políticas públicas para enfrentamento ao crime de Trabalho Escravo no Brasil. Seu objetivo para além de publicar os nomes de empregadores e empresas que cometeram o crime, ela garante transparência e o controle social para o combate ao trabalho escravo. Sua atualização é constante, a cada seis meses a lista é atualizada e divulgada. Uma das formas de contribuir com a lista é fortalecendo o enfrentamento através das denúncias, é a melhor forma para combater e mapear o trabalho escravo.
A nova atualização inclui 204 novos empregadores, boa parte destes nomes da lista corresponde a produção de carvão vegetal (23), seguido por criação bovina para corte (22), serviços domésticos (19), cultivo de café (12) e extração e britamento de pedras (11). A cervejaria Kaiser, ligada ao Grupo Heineken no Brasil, foi uma das empresas que entrou para a lista suja. A região sudeste do país está no topo representado pelo estado de Minas Gerais (37), que teve maior número de empregadores na base de dados da lista suja, seguido do estado de São Paulo com (32). A região nordeste fica em segundo lugar, os estados da Bahia (14) e Maranhão (13), seguido da região norte que inclui o estado do Piauí (14).
A Comissão Especial para o Enfrentamento ao Tráfico Humano (CEETH) da CNBB, fez um recorte dos dados por região, onde atua com parceiros para o enfrentamento ao tráfico de pessoas. A região sudeste continua no topo, seguido da região nordeste, depois centro-oeste, norte e sul do país. A Comissão realiza ações de enfrentamento em todas as regiões e reforça a importância da formação, informação para denunciar o tráfico de pessoas. Uma das últimas ações foi o seminário foi realizado em Santa Catarina, no Regional Sul 4 da CNBB. Estão previstos ainda para este semestre a realização de seminários na região nordeste.