Em nota o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho, repudia declaração do fazendeiro Gedeão Silveira Pereira durante a Conferência Internacional do Trabalho, em Genebra
Cláudia Pereira| Cepast-CNBB
O sindicato publicou nota após o fazendeiro, empresário e presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), declarar que no Brasil não existe trabalho escravo na conferência da Organização Internacional do Trabalho (OIT) em Genebra (Suíça). Gedeão Silveira Pereira, que é chefe da delegação empresarial brasileira, durante sua fala representando o setor da agropecuária disse que não existia trabalho escravo no Rio Grande do Sul e que falta mão de obra no Brasil, além de criticar os programas sociais.
Os auditores reforçam em nota o caso que resgatou mais de 200 trabalhadores na colheita de uva em regime análogo à escravidão, em Bento Goncalves (RS) no ano de 2023. “São provas que derrubam o negacionismo contido na infeliz declaração do fazendeiro. Ignorar esse e tantos outros episódios é fechar os olhos para a exploração e o sofrimento de muitos brasileiros que, ao procurar trabalho, acabam tendo sua liberdade restringida, são submetidos a condições degradantes, e ainda sofrem agressões físicas, como aliás ocorreu naquele município”. Declara um trecho da nota.
A conferência que começou no dia 03 e será concluída no dia 14 de junho, terá a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (13/06) cujo tema central da conferência é a justiça social. Segundo o Itamaraty, o presidente Lula deverá apresentar propostas em defesa dos direitos dos trabalhadores e reiterará o posicionamento brasileiro contrário à desigualdade e à exclusão social.
Leia aqui a nota na íntegra – Trabalho escravo existe, sim!